UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

terça-feira, 30 de junho de 2009

LIVRO: O Historiador


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Elizabet Kostova

A você sagaz leitor, confio a minha história...

“Certa noite bem tarde, ao explorar a biblioteca do pai, uma jovem encontra um livro antigo e um maço de cartas amareladas. As cartas estão todas endereçadas a ‘Meu caro e desventurado sucessor’, e a fazem mergulhar em um mundo com o qual ela nunca sonhou – um labirinto onde os segredos do passado de seu pai e o misterioso destino de sua mãe convergem para um mal inconcebível escondido nas profundezas da história.

As cartas fazem alusão a um dos poderes mais maléficos que a humanidade jamais conheceu, e a busca secular pela origem desse mal e sua erradicação. É uma caça à verdade sobre Vlad, o Empalador, o governante medieval cujo bárbaro reinado gerou a lenda de Drácula. Gerações de historiadores arriscaram reputação, sanidade, e até mesmo as próprias vidas para conhecer a verdade sobre Vlad e sobre Drácula. Agora, uma jovem precisa decidir continuar ou não essa busca – e seguir seu pai em uma caçada que quase o levou à ruína anos antes, quando ele era um enérgico estudante universitário e sua mãe ainda era viva.

O que a lenda de Vlad, o Empalador, tem a ver com o mundo moderno? Será possível que o Drácula mítico tenha realmente existido – e continuado a viver, pelos séculos afora, dedicando-se a seus sinistros objetivos? A resposta a estas perguntas atravessa o tempo e as fronteiras enquanto primeiro o pai, e depois a filha, perseguem pistas que os levam de empoeiradas bibliotecas de universidades norte-americanas a Istambul, Budapeste e os confins da Europa oriental. Em cada cidade, monastério e arquivo, em cartas e conversas secretas, emerge a horrível verdade sobre o feroz reinado de Vlad – e sobre um pacto atemporal que pode ter mantido sua obra viva através dos tempos.

Juntando indícios escondidos e textos até então desconhecidos, e interpretando as mensagens em código enredadas na trama das tradições monásticas medievais – bem como esquivando-se dos adversários que farão tudo para proteger os milenares poderes de Vlad – uma mulher desvenda o segredo de seu passado e enfrenta a própria definição do mal. O Historiador é uma aventura de proporções monumentais, uma narrativa incansável que mistura fato e fantasia, passado e presente, em um estilo de suspense quase intolerável – e impossível de esquecer.”

... porque o mal nunca termina.

Depois de uma orelha destas você realmente tem vontade de ler o livro. E o livro não decepciona. Afinal foram dez anos de pesquisa da autora para escrever as 541 páginas recheadas principalmente de HISTÓRIA.

História com H bem maiúsculo. De invasão otomana à Constantinopla até situações atuais e locais. Pois afinal a história é contada em 3 fases (4 se contarmos o epílogo), toda ela através de cartas escritas de uma geração para a outra, conversas secretas contadas em partes (e nunca depois do sol se pôr) e livros medievais encontrados nas prateleiras especiais das bibliotecas universitárias.

A primeira fase é vivida por Bartholomew Rossi, professor inglês e historiador que mora na América. Durante a década de 30, o professor Rossi encontra entre seus livros um velho e amarelado livro, de aparência medieval, completamente vazio. Há apenas, no exato meio do livro, uma xilogravura com a imagem de um dragão de asas abertas e uma cauda enrolada e das garras pendia um estandarte escrito em caracteres góticos: Drakulia. Depois de realizar uma meticulosa pesquisa, o professor Rossi vai em busca da tumba de Drácula e descobre a possibilidade de que ele ainda viva. Ninguém sabe onde realmente está enterrado o corpo do príncipe Vlad e sua história está recheada de crueldades feitas a seus inimigos e para aqueles que lhe servem. E sua preocupação com monastérios e a sua vida após a morte leva Rossi a descobrir descendentes diretos de Drácula e a se apaixonar.

Paul é um jovem historiador americano que está sendo orientado em sua tese de graduação pelo mesmo professor Rossi, na década de 50. Ele também encontra um livro semelhante ao de Rossi e que teima em ficar com ele (depois de deixá-lo na biblioteca o livro reaparece entre suas coisas). Não é exatamente igual, nem mesmo tem tamanho igual, mas a xilogravura é exatamente a mesma (vê-se por marcas próprias no desenho). Ele também parte em uma busca principalmente depois do professor Rossi sumir após lhe dar cartas escritas por ele na época de sua jornada. Com ele parte Helen Rossi, filha do professor desaparecido, também historiadora. Detalhe: o professor não sabe que tem uma filha. Ela é romena, filha de uma das descendentes de Vlad, o Empalador, por quem Rossi se apaixonou na década de 30.

Esta história é toda contada para a filha de Paul e Helen por seu pai e pelas cartas do professor Rossi e de seu pai, depois que ela descobre o livro na estante e a pesquisa feita. Ela é uma jovem de 16 anos, interessada por história, que não conheceu a mãe, morta quando era pequena. Muito curiosa ela vai desvendando o mistério pouco a pouco enquanto aprende a história da época de Vlad, a história que envolve os países da Europa oriental (alguns comunistas) da década de 30 e pós-guerra na década de 50.

A princípio eu acreditei que Drácula não existia e não ia aparecer no livro, pois os acontecimentos pareciam uma série de coincidências e superstições. Porém, com o passar da história tudo vai se tornando mais claro e a possibilidade de, a qualquer momento Drácula aparecer se torna maior.

O ápice da história é quando Paul e Helen descobrem a descendência de Helen e a paixão que o professor Rossi teve pela mãe dela (uma camponesa romena).
“Vivi os últimos quatro dias no paraíso, e meu amor pelo anjo que o governa parece ser realmente isto – amor”

Outra questão bem interessante é quando Drácula aparece na história. A personificação do mal que só quer manter-se vivo, seja fisicamente ou através de bibliografias e histórias sobre si. Ele me pareceu um ser diabolicamente atraente e que faz as coisas acontecerem. Para mim, tudo o que aconteceu com os personagens, de uma forma ou de outra, foi arquitetado antes por este ser.

Você vai ficar curioso até o final para saber como Vlad tornou-se um vampiro (e vai terminar o livro achando que podia ter sido mais esclarecido). E, é claro, um suspense deste nível vai deixar outro suspense no final.

Só acho que a descendência de Helen poderia ter algo mais a ver com o final e realmente gostaria de mais detalhes de como Vlad tornou-se vampiro. No restante, é uma história fantástica que mistura antropologia, lendas, superstições, romance e história real. Eu li Bram Stoker e gostei bastante, mas este é mais sutil, mais eletrizante e mais fascinante.

Mas se for ler, leia sempre antes do sol se pôr...

Mais um trechinho para as românticas (carta de Paul a Helen):
“Ah, meu amor, queria dizer-te como tenho pensado em ti. A minha memória pertence-te inteiramente, porque volta constantemente, nestes últimos tempos, aos nossos primeiros momentos juntos, a sós. Perguntei-me muitas vezes por que razão não podem outros afetos substituir a tua presença, e volto sempre à ilusão de que ainda estamos juntos, e depois sem querer à consciência de que estou refém da tua recordação. Quando menos espero, sou invadido pela lembrança das tuas palavras. Sinto o peso da tua mão sobre a minha, ambas as nossas mãos escondidas debaixo do meu casaco, o meu casaco dobrado sobre o banco entre nós, a extraordinária leveza dos teus dedos, o teu perfil virado para o lado oposto, a tua exclamação quando entramos na Bulgária juntos, quando sobrevoamos pela primeira vez as montanhas búlgaras.
Desde a nossa juventude, minha querida, houve uma revolução sexual, uma bacanal de proporções míticas que não viveste para ver agora, pelo menos no mundo ocidental, os jovens parecem encontrar-se sem preliminares. Mas lembro-me das nossas restrições com quase tanta saudade como me lembro da sua consumação legal, muito mais tarde. É este tipo de lembranças que não posso partilhar com ninguém: a intimidade que tínhamos com as roupas um do outro, numa situação em que tínhamos de adiar a satisfação plena, a maneira como o despir uma peça de roupa era uma pergunta ardente entre nós, de forma que me lembro, com uma clareza angustiante e quando menos desejo lembrar-me, tanto da delicada base do teu pescoço como da gola delicada da tua blusa, aquela blusa cujos contornos eu já conhecia de cor antes de os meus dedos tocarem o seu tecido ou os seus botões em forma de pérola. Lembro-me do cheiro da viagem de comboio e do sabonete barato no ombro do teu casaco preto, da ligeira aspereza do teu chapéu de palha preta tanto quanto me lembro da suavidade dos teus cabelos, que eram quase exatamente da mesma cor do chapéu. Quando ousávamos passar meia hora juntos no meu quarto de hotel em Sofia antes de descermos para outra refeição soturna, sentia que o meu desejo iria acabar por me destruir. Quando pendurava o teu casaco numa cadeira e a blusa por cima dele, lenta e deliberadamente, quando te viravas para mim com um olhar que nunca se desviava do meu, eu ficava paralisado pelo fogo do meu desejo. Quando punhas as minhas mãos na tua cintura e elas tinham de escolher entre a textura pesada da sua saia e a outra, mais fina, da tua pele, quase tinha vontade de chorar.
Talvez tenha sido então que descobri a tua única mácula o único ponto, talvez, que nunca beijei o pequeno dragão retorcido no teu ombro. As minhas mãos devem ter passado por ele antes de o ver. Lembro-me de que prendi a respiração e tu também quando o descobri e o acariciei com um dedo relutantemente curioso. Com o tempo, o dragão tornou-se para mim parte da geografia das tuas costas lisas, mas naquele primeiro momento veio misturar temor ao meu desejo. Tenha isto acontecido ou não no nosso hotel em Sofia, devo tê-lo sabido mais ou menos na época em que estava a memorizar a borda dos teus dentes de baixo e o seu fino serrilhado, e a pele em volta dos teus olhos, com os primeiros sinais da idade, como teias de aranha...”

LIVRO: Como viver eternamente


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Sally Nicholls

Algumas coisas são perfeitas do início ao fim.

Meu nome é Sam.
Tenho onze anos.
Coleciono histórias e fatos
fantásticos.
Quando você estiver lendo isso,
Provavelmente já estarei
morto.

Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.

Esse livro foi uma grata surpresa. Admito que o crivei de suspeitas. “Hmmm, deve ser pura auto-ajuda”, “deve ser muito depressivo” e blá,blá, blá. Após lido e bem recomendado por minha irmã, decidi lê-lo. E para felicidade minha, todas as suspeitas se mostraram infundadas. A narrativa é permeada de lampejos filosóficos acerca da vida e da morte. Coisa bem introdutória mesmo mas, sem perder a boa base que o tratamento do tema requer. E ao fazê-lo, Nicholls revela um toque genial de não subestimar o seu público. Como mencionado na sinopse, o livro alcança públicos diversificados, sendo por isso um livro sem fronteiras de idade onde não há a infantilização do conteúdo. Ao contrário, o livro tece metáforas sobre a morte e incute reflexões as quais todos, sem distinção, são capazes de considerar.

Com a transposição de um tema denso para uma roupagem leve, simples, otimista mas, não menos instigante, a leitura se desenvolve em uma tacada só, revelando-se uma excelente companhia em salas de esperas pois, capta sua atenção do início ao fim. Daquele tipo de livro que mexe, torce e retorce com suas emoções. E, sim, é difícil não se emocionar com a história de Sam. A seu modo, Sam lança luz a tantas questões que trazemos conoscos e temos medo de formulá-las porque de certo modo, é mais fácil viver criando disfarces para o medo, para a angústia e para o pânico. E é um alívio constatar que os desdobramentos da narrativa apontam para o discernimento da importância que é fazer da vida uma realização feliz, independente das circunstâncias.

Dependendo do ângulo adotado, não é um livro que fala de morte. Fala da vida, como diria Sam.

LIVRO: As Memórias do Livro


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Geraldine Brooks

São duas horas da manhã em Sydney quando Hanna Heath, uma conservadora de livros, é acordada por um telefonema que lhe traz excelentes notícias. A Hagadá de Sarajevo, raro manuscrito judeu medieval desaparecido em 1992, durante a guerra civil, foi reencontrada na capital da Bósnia. E Hanna foi a escolhida pelas Nações Unidas para estudá-la e restaurá-la para uma exposição.
A Hagadá é uma obra-prima única, que nasceu e sobreviveu por séculos apesar do anti-semitismo e até mesmo da própria doutrina judaica. Para começar, aquele exemplar ricamente iluminado do livro que recontava o Êxodo para as famílias judaicas na celebração do Pesach não devia ter sido criado. Afinal, contrariava cânones religiosos da época, que proibiam qualquer tipo de ilustração.
Só isso já fazia da Hagadá uma raridade. E propunha um de seus maiores enigmas: por que e por quem fora feita? Mas o fato de ter sobrevivido a séculos de perseguições e intolerância religiosa na Europa trazia outros mistérios. Como atravessara a Inquisição Espanhola? O que significavam aquelas anotações do século XVII em suas páginas? Como se salvara da perseguição nazista?
Excitada com a maior oportunidade de sua carreira, Hanna chega a Sarajevo cheia de perguntas. Qual seria o estado do livro? Como fora salvo? Por que mãos passara até chegar às dela? Por que um bibliotecário muçulmano tinha se arriscado tanto para mantê-lo em segurança?
À medida que se aprofunda no exame das páginas em pergaminho envelhecido, Hanna luta também para solucionar seus problemas pessoais. Envolve-se com o bibliotecário muçulmano responsável por ocultar a Hagadá na última década e esforça-se para melhorar seu relacionamento com a mãe, uma neurocirurgiã respeitada que despreza a filha por ter trocado uma carreira médica pelos livros. Da encadernação carcomida da Hagadá, Hanna retira pistas minúsculas que começam a lhe dar as respostas que tanto buscava.
Uma mancha de vinho, cristais de sal, um pêlo branco, uma asa de inseto... Cada um desses detalhes leva Hanna e os leitores a um lugar distante, povoado de personagens únicos cuja história se mistura à da Hagadá.
As memórias do livro é uma jornada inteligente e bem construída rumo ao passado, para desvendar os segredos de um livro. Um romance marcante e erudito, com o ritmo cativante de um mistério inesquecível que só uma autora com o talento da vencedora do Pulitzer, Geraldine Brooks, poderia criar.

Um livro sobre um livro muito especial – a Hagadá de Sarajevo. A Hagadá é um livro que os judeus usam durante o ritual de Páscoa. Essa é especial pois tem ilustrações, como os Livros de Horas cristão. Para os judeus, era proibido ilustrações, pois eram consideradas imagens. Então como explicar um livro judeu medieval ilustrado e que sobreviveu à Inquisição, aos Nazistas e à guerra civil na Bósnia?

Hanna é chamada para fazer a conservação do livro. Ela é uma especialista em pergaminhos e livros medievais. É interessante o modo como ela descreve os diferentes materiais e como eram obtidos naquela época. Analisando a Hagadá ela encontra uma asa de borboleta, manchas de vinho, cristais de sal e um pêlo branco. Todos esses achados nos conduz ao tempo e local onde foram acrescentados à história do livro e colaboraram para sua confecção e sobrevivência.

Tem um trecho de Hanna que eu adorei:

"...Restaurar um livro ao que ele era quando foi feito é falta de respeito por sua história. Penso que temos de aceitar um livro da maneira como o recebemos das greações passadas; e, até certo ponto, os danos e o desgaste refletem essa história. Do modo como vejo, meu trabalho é torná-lo estável o suficiente para que possa ser manuseado com segurança e estudado, só consertando o que for absolutamente necessário. Isto aqui, por exemplo – expliquei, apontando para uma página onde uma mancha avermelhada encobria a candente caligrafia hebraica. – Posso tirar uma amostra microscópica dessas fibras, e nós podemos analisá-las e talvez aprender o que causou essa mancha; minha primeira hipótese seria vinho. Mas uma análise completa poderia fornecer pistas de onde o livro estava quando aconteceu isso. E, se não formos capazes de desvendar isso agora, talvez daqui a cinquenta ou quinhentos anos, quando as técnicas de laboratório estiverem mais avançadas, meu colega no futuro o fará. Mas se eu apagar quimicamente essa mancha – o tal “dano” –, perderemos a chance de conhecer o fato para sempre.”

O livro mostra essas diferentes descobertas e em cada história vemos personagens que sofrem e lutam e sobrevivem. O povo judeu sofreu perseguições terríveis e foram tolerados e explorados, mas seguiram em frente. Assim como a Hagadá! Creio que se pode traçar esse paralelo: a luta pela sobrevivência do povo judeu com as diferentes provações enfrentada pelo livro.

Outro ponto de destaque: por duas vezes – na Segunda Grande Guerra e na Guerra da Bósnia – foram bibliotecários muçulmanos os responsáveis pela proteção e guarda da Hagadá. Isso mostra muito bem a tolerância entre os povos. Sempre imaginamos Judeus e Muçulmanos como inimigos naturais, mas há respeito entre eles. O ódio está no coração dos radicais e dos fanáticos.

Intercalando as histórias, temos Hanna e sua própria luta. Como conviver com a mãe que não aceita ela ter se voltado para essa carreira ao invés da medicina. O sentimento despertado por Ozren Karaman, o bibliotecário chefe do museu e responsável pela proteção da Hagadá. E, principalmente, a luta que trava consigo mesma. Ela tem uma difícil escolha e isso muda todo o rumo de sua vida.

Um livro grandioso e que nos transporta para épocas e lugares muito bem descritos, com personagens fascinantes e muito humanos e um final que eu, sinceramente, não esperava. Muito bom!

LIVRO: A Herdeira


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Jude Deveraux

Jamie Montgomery, um cavaleiro elisabetano empobrecido, fica eufórico ao ser escolhido para escoltar Axia, a herdeira dos Lancaster, até o castelo do seu futuro marido. Se ela se apaixonar por ele - como a devotada irmã mais velha de Jamie anseia -, suas dificuldades financeiras estarão resolvidas.
Mas Axia que passou a vida vigiada de perto pelos servos do pai, não é a flor tímida e mimada que Jamie imagina. Ela é travessa e teimosa, e aproveita todos os momentos preciosos de liberdade antes de casar com o homem escolhido por seu indiferente e excêntrico pai.
Depois de comunicar a Jamie que nem pense em lhe declarar o seu amor – como parece ser o habito de todos os homens pobres e bonitos - , Axia transforma-lhe a vida num inferno quando foge para ir à feira, monta num cavalo rebelde e por pouco não quebra o pescoço, e faz o impossível para atrasar a viagem.
Embora não ouse admitir, a idéia de se casar com um estranho a assusta muito.
Certo dia, Jamie percebe estar saboreando as palavras mais ousadas de Axia como se fossem o néctar mais raro...e que está perdidamente apaixonado por essa linda moça, tão audaciosa e enlouquecedora. A partir daí, terá que preparar um plano arrojado para obter a liberdade de Axia...e conquistar o seu arrojado e destemido coração!

Aproveitando o feriado li um livro que há tempos me espreitava na estante. Acho que não foi por acaso que adiei por tanto tempo essa leitura. Queria saber que tinha mais de um Jamie na minha estante...risos... Ainda que não fosse um Fraser, é um legítimo Montgomery.

Jude Deveraux foi a escritora da minha adolescência, não conto as vezes que reli Mulher de Fogo e Mulher de Gelo, e o quanto fiquei fascinada pelas gêmeas Taggerts.

Pra variar é um saga não traduzida completamente por aqui. Parece que A Herdeira é o 16º livro dessa série.

Esse livro foi muito bem recomendando no fórum Diana Gabaldon. Agradeço a Lili por ter me apresentado essa familia, e também por ter traduzido outro livro da Jude dessa saga, O Cavaleiro da Armadura Brilhante, que por sinal pretendo reler em breve.

A estória é sobre um cavaleiro falido, que tem que casar com uma moça com posses. A moça escolhida, por suas irmãs é a filha do mercador mais rico do país, ou quem sabe do mundo. Ela foi deixada com 3 semanas de vida pelo pai para ser criada pelos criados. O tempo passou e ela nunca recebeu a visita do pai. É então comunicada que deverá sair de casa e casar. Para acompanhá-la na viagem o pai contrata o serviços de um conde belíssimo e... pobre, Jamie Montgomery. Axia sente uma necessidade imensa de ser amada e assim trata todos bem e se preocupa que eles só se interessem por ela ser uma rica herdeira. E é por conta disso que ela propõe a prima que troquem de lugar. Axia tem uma aparência comum já Frances é estonteante. Jamie e Axia se sentem atraídos um pelo outro, mas Jamie precisa se casar é com uma herdeira e não com uma prima pobre.

O desenrolar é tranqüilo, sem atropelos e o final emocionante...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

LIVRO: Todo Ar que Respiras


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Judith McNaught

Sinopse: Dona de um restaurante em Chicago, Kate Donovan não poupa esforços para cumprir seus objetivos. Mitchell Wyatt é um empresário de personalidade indomável, herdeiro da expressiva fortuna da família Wyatt. Kate tentou resistir a Mitchell, mas foi em vão. A princípio, deram passagem à timidez, mas com o tempo se entregaram a um turbilhão de emoções novas e mágicas, diferente de todas as experiências que já haviam vivenciado.
O cenário da paixão arrebatadora é a ilha tropical de Anguila, terrritório britânico no Mar do Caribe. Mas a plenitude da felicidade chega ao fim quando Mitchell é intimado por sua família a comparecer ao interrogatório sobre o desaparecimento de seu irmão.
Insegura, Kate começa a desconfiar do que sabe a respeito de sua misteriosa paixão.
Numa história que dosa paixão, mistério, assassinato e psicologia em tom dinâmico e arrebatador, a mestre do romance Judith McNaught, autora do best- seller Whitney, Meu Amor, instiga leitores do mundo inteiro a conhecer o desfexo dessa eletrizante relação de Kate e Mitchell e das inúmeras intrigas em que se envolvem.

*****

Quando é que se diz a alguém que ela é todo ar que você respira? Quando se ama muito, mesmo! Apaixonadamente, incontrolável, se entrega, se abandona, quando nada mais importa, quando tudo mais perde o sentido, quando necessita física e mentalmente dessa pessoa para continuar a viver.

E o que é que se espera de um livro com um título assim? Magia!

Kate Donovan procurava magia... E encontrou! Uma magia com nome e sobrenome: Mitchell Wyatt. E quem é o mais enfeitiçado? Você, eu, nós leitoras... Não dá pra não se apaixonar por ele.

Judith McNaught é romancista e como tal é muito habilidosa. Nesse título eu amei, me deliciei e suspirei com o amor lindo entre Mitchell e Kate, que se conheceram em uma ilha paradisíaca quando ele foi visitar sua casa em construção e ela tentava se recuperar da morte do pai.

Com diálogos quentes e sedutores, sempre com um toque de humor muito agradável, Mitchell e Kate começam a se relacionar, mas ela tem um namorado que será um empecilho e ele um passado que pretende não divulgar.

O romance é doce e envolvente, porém Todo Ar que Respiras tem um lado policial que deixou a desejar.

No início do livro temos o envolvimento da polícia tentando esclarecer o desaparecimento do meio irmão de Mitchell, sendo ele o principal suspeito. Achei o argumento frágil para essa suposição. Essa conjetura se deu apenas porque o meio irmão sumiu quando Mitchell estava sendo reintegrado na família que a rejeitou desde quando nasceu. Bobo, não? E depois lá adiante, quando encontram o corpo e uma prova (plantada, claro) de que poderia ser Mitchell o assassino, ele provou sua inocência tão facilmente que não deu nem tempo para surgir aquele sentimento de injustiça na história. O verdadeiro assassino é logo descoberto e tudo é concluído sem muitos dramas. Acho que esse lado poderia ter rendido mais, talvez tenha faltado habilidade para a autora desenvolver uma trama policial.

Nesse ínterim acontece o desencontro dos amantes e aqui temos de volta a destreza de Judith McNaught e somos acometidos pelos mais diversos sentimentos: raiva da mocinha, pena do mocinho, rancor da própria autora por separar o casal e por aí vai.

Surgem assim outros personagens na história, como Holly, que é a melhor amiga de Kate; Calli, motorista, guarda-costas e irmão por consideração de Mitchell; o tio de Kate que também é padre e ainda outros que proporcionam ótimos momentos na trama. Em vários momentos também temos a prazerosa participação de Matthew Farrell e Meredith Brancoft de Em Busca do Paraíso, um grande sucesso de Judtih.

Mas a autora se perde novamente ao deixar de lado fatos como a mania que Kate tinha de fazer listas de prós e contras para tudo, no início essa parecia ser uma característica marcante da personagem, mas depois não foi mais falado do assunto. E, antes do casal principal se reencontrar, Mitchell estava envolvido com uma atriz, que não foi mais citada depois, simplesmente a atriz não voltou a aparecer na história e o caso deles não teve um desfecho. E mais um ato falho na parte policial: o pai de Kate morreu num tiroteio, mas ficou por isso, não foi desvendado o porquê e nem os autores do crime. Aliás, esse crime nem foi trabalhado na história, foi só um detalhe jogado e abandonado na história. Não gostei disso.

Outra coisa que me incomodou muito, foi o fato de um capítulo inteiro ser destinado à troca de informações de duas secretárias de Mitchell, achei isso muito desnecessário.

Mas o reencontro... Foi belo. O bandido da história – aquele que matou o meio irmão de Mitchell – volta a atacar e desta vez envolvendo diretamente alguém muito importante para Mitchell e Kate, que a partir de então voltam a se relacionar, ainda que não intimamente de imediato, isso não demorará a acontecer.

Mas, assim como Em Busca do Paraíso, os acontecimentos se atropelaram e o final se deu muito rápido, deixando aquela já conhecida sensação de quero mais quando se trata de uma obra de Judith McNaught. Mal temos notícia da prisão do bandido e o casal se ajeitará muito fácil. Têm falhas? Sim, muitas. Mas Judith tem crédito e só por isso já vale a pena. E a sensação que perdura é de que a história é bela.

LIVRO: A Dança da Floresta


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Juliet Marillier

Esta é uma história mágica, que transita entre um mundo mítico e um castelo na Transilvânia...

Jena, uma garota de 16 anos, seu sapinho de estimação Gogu e suas quatro irmãs guardam um segredo: desde pequeninas, em toda noite de Lua Cheia, fazem sombras com as mãos contra uma pedra, abrindo um misterioso portal para uma floresta mágica, onde dançam com encantadoras e bizarras criaturas fantásticas. Porém, elas não imaginavam que suas vidas mudariam drasticamente: o pai adoece e, por recomendações médicas, vai para uma região onde o inverno é mais ameno. Jena e sua irmã Tati ficam encarregadas de cuidar dos negócios da família no castelo Piscul Dracului. As coisas vão bem até que um trágico acidente deixa tudo fora de controle.

Jena então passa a lutar por suas adoradas irmãs. Com o amigo Gogu, ela terá de aventurar-se nos domínios da escuridão e enfrentar perigos para preservar não apenas aqueles que ama, mas sua própria independência.

Entusiasmadas, as meninas vestem seus elegantes vestidos para mais uma noite dançante na Clareira das danças. Sempre com o sapinho de estimação Gogu no ombro, Jena e as irmãs aventuram-se por este misterioso mundo: o “Outro Reino”. Após nove anos de pura farra nas madrugadas musicais, elas serão obrigadas a lidar com um primo vilão, machista e mandão que chega aos castelo Piscul Dracului em busca de poder. Para piorar, sua irmã se apaixonara por uma estranha criatura da noite...

Fiquei muito interessada em ler este livro após ler os comentários da Lili aqui no Fórum. Vários livros depois, chegou a vez dele, e fiquei chateada comigo mesma, por ter demorado a pegar para lê-lo, pois, o livro é fascinante.

Foi maravilhoso acompanhar a história desta quatro irmãs: Tati, Jena, Paula e Stela. Tati, a irmã mais velha, predestinada a ter o herdeiro do castelo Piscul Dracului. Jena, a líder, pronta a abrir mão de ter uma família para poder ficar no castelo. Paula, uma brilhante estudiosa com interesse em nas histórias misteriosas do “Outro Reino” e Stela, a caçulinha meiga.

Essas irmãs tem um segredo que é ir ao “Outro Reino”, um mundo paralelo ao humano, onde se encontram as criaturas mágicas, nas noite de lua cheia. E tudo muda quando Tati, se apaixona por uma das criaturas.

O romance de Tati e a criatura: chamada Triste é de cortar o coração, pois, tudo é contra este relacionamento, e fica aquele suspense até o fim, será que este amor conseguirá vencer apesar de tantos contras. É uma história de amor muito linda, e vale apena torcer por ela.

Enquanto isso, a irmã Jena, está envolvidas nos problemas que surgem em ter ficado com a responsabilidade de ter que cuidar de suas irmãs e manter o castelo. Pois, seu primo Cezar, aproveita, a viagem de seu pai, e resolve tomar para si as decisões sobre o castelo e as primas. Um Homem terrível, que guarda um segredo, o que o torna mais assustador ainda, porque ele não tem limites para suas vilanias.

Jena tem que enfrentar seu primo Cezar, na busca de sua independência, que é muito importante para ela, e ainda ter que proteger Tati, que se apaixonou por Triste, uma criatura da noite.

Jena tem um companheiro nesta luta, seu sapinho Gogu, que se comunica com ela. Porém, alguns acontecimentos transforma esta amizade, e Jena terá que ouvir seu coração, para recuperar seu amigo. O que se torna muito difícil quando se tem tantos problemas para se resolver.

Durante esta história podemos conhecer um pouco da cultura romena, e apreciar a amizade dessas irmãs, o amor e curtir muita aventura.

LIVRO: Honra acima de tudo


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Eileen Goudge

Sinopse: Este novo romance de Eileen Goudge apresenta duas mulheres extraordinárias, ligadas pelo passado, cada uma vivendo sua própria encruzilhada: a luta entre o peso da consciência e um segundo amor que ronda suas vidas. Grace é uma escritora que faz parte de uma tradicional família do sul dos EUA, filha de um poderoso senador pelo estado de Nova York. Nola, por outro lado, tem origem humilde: nasceu em uma família afrodescendente e se criou em bairros pobres de Washington, determinada a alcançar sucesso em sua carreira de arquitetura. Mas um terrível segredo une essa relação e domina suas vidas. Elas descobrem que a confiança é uma aposta perigosa, que o amor é um risco desesperado e que a teia do destino é implacável e inevitável.

*****

Eu gostei muito desse livro. Apesar de longo, as palavras são sempre muito carregadas de emoções. Tem de tudo lá: amor, relacionamento, traição, perda, conquista, teimosia, hábitos e por aí vai. Todos “a flor da pele”. Eu já apreciava a autora, mas acho que esse livro é o melhor dela.

Honra Acima de Tudo é na verdade o título do livro existente na trama. Grace é escritora e decide contar a história de seu falecido pai que, quando ela ainda era criança, foi senador e lutou a favor dos negros. Porém, a história que ela conta não é só sobre atos políticos, mas sobre o homem que matou alguém, que traiu a esposa e que teve uma filha fora do casamento - Nola.

E, para meu júbilo, não faltou romance nesse livro. Grace tem um romance com um homem mais velho, desquitado e com dois filhos – Ben e Hanna -, sendo ela própria também separada e com um adolescente em casa - Cris. Grace e Jack terão que enfrentar a resistência dos filhos, a diferença de idade, a traição e a desconfiança.

Além de tudo Grace ainda tem que lidar com a mãe sexagenária que nunca a apoiou e quer atrapalhar a publicação do livro. A mãe, inclusive, tal qual uma adolescente, também nos entretém com suas dúvidas, receios e alegrias a cerca de um romance.

O filho de Jack, Ben, se interessa por Nola, a princípio tentando tirar vantagem em uma situação, mas que se verá caidinho por ela e, sem saber como lidar com a paixão, sofrerá muito. Nola tem uma participação muito especial nessa história, sendo mais um ponto positivo para o livro.

Hanna e Cris também terão seus dramas, assim como outros personagens secundários na história. Enfim, o livro é farto em conteúdo romântico, dramas e atividades sobre o colchão. Assim sendo, eu fiquei muito feliz de ter posto os olhos nele.

domingo, 28 de junho de 2009

Bem, hoje estou só e posso ver

glitters hearts
Bem, hoje que estou só e posso ver
Com o poder de ver do coração
Quanto não sou, quanto não posso ser,
Quanto se o for, serei em vão,
Hoje, vou confessar, quero sentir-me
Definitivamente ser ninguém,
E de mim mesmo, altivo, demitir-me
Por não ter procedido bem.
Falhei a tudo, mas sem galhardias,
Nada fui, nada ousei e nada fiz,
Nem colhi nas urtigas dos meus dias
A flor de parecer feliz.
Mas fica sempre, porque o pobre é rico
Em qualquer cousa, se procurar bem,
A grande indiferença com que fico.
Escrevo-o para o lembrar bem.

(Autor: Fernando Pessoa)

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sábado, 27 de junho de 2009

Se disseres que me amas


Se me disseres que me amas, acreditarei.
Mas se escreveres que me amas,
Acreditarei ainda mais.

Se me falares da tua saudade, entenderei.
Mas se escreveres sobre ela,
Eu senti-la-ei junto contigo

Se a tristeza vier a consumir-te e me contares,
Eu saberei. Mas se a descreveres no papel,
O seu peso será maior

...e assim são as palavras escritas:
possuem um magnetismo especial,
libertam, invocam emoções

elas possuem a capacidade de,
em poucos minutos, cruzar mares,
saltar montanhas, atravessar
desertos intocáveis.

Muitas vezes, infelizmente, perde-se o
Autor, mas a mensagem sobrevive ao
Ao tempo, atravessando
Séculos e gerações

Elas marcam um momento que será
Eternamente revivido
Por todos aqueles que a lerem

Vive o amor com palavras faladas e escritas.
Mata saudades, pede perdão, aproxima-te.
Recupera o tempo perdido, insinua-te.
Alegra alguém, oferece um simples "bom dia".
Faz um carinho especial.

Usa a palavra a todo instante,
De todas as maneiras
A sua força é imensurável,

Lembra-te sempre do poder das palavras.

Quem escreve constrói um castelo,
E quem lê passa a habitá-lo.

(Autor Desconhecido)
smilie

Você é tudo

Tenho em mim algo que se revela
em cada momento que te vejo,
sinto em mim cada gota de desejo
que tenho quando estou longe de ti,

Jamais senti por alguém o que sinto por você
e isto vem se definindo a cada encontro nosso,
quando estou longe quero estar perto
e quando estamos juntos não quero me separar,

Você tem um lugar todo especial em minha vida
e a cada dia vai tamando mais espaço dentro do meu coraçao,
você é mais que tudo para mim
você se tornou a paixão da minha vida...

(Autor Desconhecido)
smilies

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eu te amo muito


Durante todo minha vida;
Te amo nos seus gestos,
Te amo no seu sorriso,
Te amo na sua voz,
Te amo no que você é!!!
Te amarei em tudo...

No ar que respiramos,
No alvorecer da tarde,
No crepúsculo,
Na morte...

Te amo na chuva que cai,
No sol que queima...

Eu quero te amar.
Te amar nas minhas horas de tristezas,
Pois sua lembrança só me traz alegrias;
Te amar quando a alegria chegar,
Pois o amor é alegria
E sou feliz enquanto te amo...

Mesmo que o amor se torne extinto,
Faço questão de te amar;
Mesmo que a luz do mundo acabe,
Quero te iluminar com o meu amor;
E somente a vontade de Deus
Seria capaz de tirar todo esse amor
Que alimenta minha própria existência...

Você mora dentro de mim.
Te amo...

(Autor Desconhecido)

Eu sei

Eu sei que me tens amor,
Bem o leio no teu olhar,
O amor quando é sentido
Não se pode disfarçar.

Os olhos são indiscretos;
Revelam tudo que sentem,
Podem mentir os teus lábios,
Os olhos, esses, não mentem.

(Autora: Florbela Espanca)

Romantismo


Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousá-lo no vento!...
Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -
para se ver chorando, e gostar de chorar,
e adormecer de lágrimas e luar!
Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado...
Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria...
Ah! Quem tivesse... (Mas quem tem? Quem teria?)

(Autora: Cecília Meireles)

Oito dicas para sentir-se bem!


Sentir-se bem não é um estado a que se chegue naturalmente ou em um passo de mágica. As pessoas que conseguem isso com freqüência costumam dedicar parte da sua energia para construir esse estado positivo. Veja essas oito atitudes simples que vão ajudar você a sesentir bem.

1) Ria mais: o riso libera endorfinas (substâncias químicas que geram bem-estar) na corrente sangüínea e você se sentirá mais animado, além de ter mais alegria e entusiasmo.

2) Livre-se do que é velho: deixe para trás idéias retrógradas e assim abrirá espaço para novas experiências. Assim como você dá um sapato que passou de moda, experimente fazer a mesma coisa com seus preconceitos, hábitos e idéias que não servem. Assim, você continuará crescendo.

3) Fique aberto a novidades: não se deixe levar pela rotina nem absorver pelo que você já conhece. A vida está sempre mudando e tem sempre coisas novas para oferecer.

4) Cuide da sua aparência: quanto melhor for a sua aparência, melhor você vai se sentir. Isto não significa que você precisa ter um visual de modelo. Cuide do seu corpo para se sentir saudável, radiante e com vitalidade.

5) Mexa seu corpo com prazer: fazer exercícios, além de ajudar a manter a forma, também deixa as pessoas mais animadas, descansada e com menos risco de adoecer.

6) Incorpore a arte à sua vida: a boa música, as pinturas inspiradoras, o teatro para pensar ou se divertir, o cinema e a dança são fontes de alegria e alimento para o espírito.

7) Busque o bem-estar dos outros: concentrar-se só nos próprios problemas costuma tornar as pessoas egoístas e auto-referentes. Construir relações solidárias e afetuosas fortalece a auto-estima e a confiança, além de permitir contar com o apoio de outras pessoas nas horas difíceis.

8) Seja você mesmo e construa o que você quer ser: não faça nada só para agradar os outros, nem tome suas decisões esperando aprovação. Respeite-se e pergunte-se a cada manhã o que você quer fazer com o dia.

(Autor Desconhecido)
SininhoGifs

Existem amores


Existem amores...
e existe um amor especial,
apenas uma vez em nossas vidas...
este tipo de amor pertence ao Céu,
é incondicional
e ele será para sempre...
como uma marca cósmica,
uma infinita lágrima de alegria
e um abraço sem fim!
O difícil é descobri-lo,
discerní-lo,
em meio às tempestades
do nosso coração.

(Autor Desconhecido)
smileys

Serenata


...Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.
Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo...

(Autora: Cecília Meireles)

Se tu me esqueces


Quero que saibas uma coisa.
Tu já sabes o que é:
Se olho a lua de cristal,
o ramo rubro do lento outono
em minha janela,
se toco junto ao fogo
a implacável cinza ou
o enrugado corpo da madeira,
tudo me leva a ti,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fossem pequenos barcos
que navegam para estas tuas ilhas
que me aguardam.

(Autor: Pablo Neruda)
smilies

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Amor jamais acaba


O amor jamais acaba e nos ensina.
É perfeito em sua graça. Por onde passa...
Contagia e contamina. O amor supera toda causa.
Ultrapassa todo o entendimento.
Ele nunca se pausa.
Cura todo sofrimento.
O amor não se esquece não se aborrece.

O amor nunca se mede. O amor é infinitude.
Pode ser aprimorado ou rude.
Pode ser de longe ou de perto.
O amor estará sempre certo.
É amor...
E por ser assim... Infinitamente amor
Jamais precisará ser explicado.

(Autor Desconhecido)